Quando assinamos um contrato com um plano de saúde, buscamos tranquilidade e a segurança de receber atendimento rápido e eficiente em momentos de urgência. Afinal, ninguém quer enfrentar as filas intermináveis de hospitais públicos quando a saúde está em jogo. Mas, infelizmente, muitos pacientes se deparam com uma dura realidade: a negativa de tratamento. Essa prática, além de frustrante, pode colocar vidas em risco.
Se você ou um familiar já passou por isso, sabe o quanto é revoltante ouvir do convênio que o procedimento não será realizado. Entenda o que está por trás dessa negativa, quais são seus direitos e como agir para garantir o atendimento que você merece.
Por que os planos negam tratamentos de urgência?
Os planos de saúde costumam justificar a negativa de tratamento com diferentes argumentos. Entre os mais comuns, estão:
- Carência do plano: Alegam que o beneficiário ainda não cumpriu o período mínimo de contrato para ter direito ao atendimento.
- Ausência de cobertura: Argumentam que o procedimento ou tratamento não está previsto no contrato.
- Falta de documentação: Exigem laudos ou relatórios que o paciente nem sempre tem em mãos no momento da urgência.
Mas essas justificativas nem sempre se sustentam diante da lei, especialmente em casos de urgência ou emergência. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os planos só podem exigir carência de 24 horas após a assinatura do contrato para esses casos. Ou seja, mesmo um novo cliente tem direito ao atendimento urgente após esse período mínimo.
O que diz a lei sobre urgência e emergência?
De acordo com as regras da ANS sobre carência para urgência e emergência, tratamentos que envolvam risco imediato à vida ou sofrimento intenso devem ser atendidos com prioridade. Isso inclui, por exemplo:
- Infartos, AVCs e outros eventos graves.
- Necessidade de internação imediata.
- Situações de risco para gestantes ou bebês.
Mesmo que o convênio alegue que o procedimento está fora da cobertura, ele não pode se recusar a prestar assistência. Essa negativa é considerada abusiva e pode gerar consequências legais para o plano de saúde.
Como agir diante de uma negativa de tratamento?
Receber uma negativa de cobertura em um momento crítico é desesperador, mas é importante manter a calma e agir com estratégia. Aqui estão os passos que você deve seguir:
- Documente a negativa: Solicite ao plano de saúde que forneça, por escrito, os motivos da recusa. Isso é essencial para comprovar o abuso.
- Reúna seus documentos: Inclua seu contrato com o plano, laudos médicos, exames e o documento que comprova a negativa.
- Consulte um advogado especialista: Um profissional especializado em planos de saúde pode analisar sua situação e orientar os melhores passos.
- Peça uma liminar: Em casos urgentes, o advogado pode solicitar uma liminar na Justiça. Esse é um recurso que obriga o plano a realizar o atendimento imediatamente, muitas vezes em até 24 horas.
O que é uma liminar e como ela pode ajudar?
A liminar é uma medida judicial que concede um direito de forma imediata, antes mesmo do processo ser concluído. Em casos de tratamento negado pelo plano de saúde, ela é uma ferramenta poderosa para evitar atrasos que podem colocar a saúde do paciente em risco.
Por exemplo, se você precisa de uma cirurgia urgente e o convênio se recusa a autorizar, uma liminar pode garantir que o procedimento seja realizado sem demora. Enquanto isso, o processo judicial segue em andamento, mas com o paciente já protegido.
Documentos necessários para entrar com uma liminar
Para que o advogado possa solicitar a liminar, é essencial reunir os seguintes documentos:
- Cópia do contrato do plano de saúde.
- Carteirinha de identificação do plano.
- Relatórios médicos detalhando a urgência do caso.
- Laudos e exames que comprovem a necessidade do tratamento.
- Documento que comprove a negativa do convênio (pode ser um e-mail, carta ou até um protocolo de atendimento).
Com esses documentos em mãos, o advogado pode agir com agilidade para garantir seus direitos.
Posso receber uma indenização por danos morais e materiais?
Se a negativa de tratamento causou prejuízos financeiros ou agravou o estado de saúde do paciente, é possível buscar indenizações por danos materiais e morais. Por exemplo:
- Se você precisou pagar por um procedimento que deveria ser coberto pelo plano, pode exigir o reembolso.
- Caso a recusa tenha causado sofrimento ou agravamento do quadro clínico, também há a possibilidade de pedir uma compensação por danos morais.
Por que contar com um advogado especialista em planos de saúde?
Um advogado especialista em planos de saúde possui o conhecimento e a experiência necessários para enfrentar as estratégias dos convênios. Ele saberá como utilizar a legislação a seu favor, garantir o cumprimento da lei e buscar reparos por eventuais abusos.
Na Maviene Advogados, entendemos o impacto que a negativa de um tratamento pode causar na vida de nossos clientes. Por isso, oferecemos uma assessoria completa e personalizada para assegurar que você tenha o atendimento médico necessário sem demora.
Como a Maviene Advogados pode ajudar?
Nosso objetivo é estar ao seu lado em todas as etapas do processo, desde a orientação inicial até a resolução do caso. Com nossa experiência em ações contra planos de saúde, ajudamos nossos clientes a:
- Garantir o atendimento de urgência através de liminares.
- Reivindicar indenizações por danos sofridos.
- Navegar pelos trâmites legais com maior segurança e tranquilidade.
Se você enfrenta dificuldades com o seu plano de saúde, não hesite em buscar ajuda. Estamos aqui para ouvir sua história, esclarecer suas dúvidas e lutar pelos seus direitos. Afinal, cuidar da saúde é um direito, não um privilégio.
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